• Foto: Arquivo/Nelson Jr. / STF
  • 21 // Fev // 2025
  • 10h23

STF libera vídeos dos depoimentos de Mauro Cid sobre plano golpista 4t454q

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou públicos nesta quinta-feira (20) os vídeos e áudios dos depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid. Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Cid firmou acordo de colaboração premiada e detalhou um plano de golpe de Estado supostamente articulado no alto escalão do governo anterior. As transcrições desses depoimentos, colhidos em pelo menos cinco ocasiões no ano ado, já haviam sido disponibilizadas na quarta-feira (19). As revelações de Cid fundamentaram a denúncia apresentada na terça-feira (18) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Nesta, Bolsonaro, Cid e outras 32 pessoas são acusados de crimes como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. De acordo com a denúncia, Bolsonaro teria liderado uma organização criminosa armada, composta majoritariamente por militares da ativa e da reserva, com o objetivo de romper a ordem constitucional e utilizar a violência para permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022. Entre os planos mencionados estaria o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Além disso, os denunciados enfrentam acusações de dano qualificado, agravado pelo uso de violência e grave ameaça ao patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado. Esses crimes estão relacionados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Bolsonaro nega as acusações, alegando ser vítima de perseguição política. A defesa do ex-presidente afirma que ele "jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou das instituições que o sustentam". O STF avaliará se aceita a denúncia para dar início ao processo judicial. Caso condenado, Bolsonaro poderá enfrentar penas que incluem prisão e inelegibilidade, o que afetaria suas pretensões políticas futuras. 2q574l