STF mantém julgamento de Zambelli por invasão ao CNJ; Moraes nega suspensão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (12) o pedido da defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para suspender o julgamento da ação penal que apura sua participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023. A Primeira Turma do STF já formou maioria de 4 votos a 0 pela condenação da parlamentar a 10 anos de prisão e perda do mandato. O julgamento virtual, iniciado na sexta-feira (9), ainda aguarda o voto do ministro Luiz Fux. A defesa de Zambelli solicitou a suspensão do processo, argumentando que a liderança do PL também requereu à Câmara dos Deputados a paralisação da ação penal, com base no mesmo fundamento que motivou o trancamento parcial da ação sobre a trama golpista contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). No entanto, Moraes entendeu que a votação do caso Ramagem não se aplica ao processo de Zambelli, pois as acusações contra ela ocorreram antes da diplomação do atual mandato, em dezembro de 2022. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a autora intelectual da invasão, que teve como objetivo a emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. O hacker Walter Delgatti, réu confesso, executou o ataque sob orientação da deputada. O julgamento segue em andamento no STF, e a defesa de Zambelli já anunciou que pretende recorrer ao plenário da Corte.